A criação de tilápias tem tido um avanço substancial nos últimos anos, principalmente no Estado do Paraná, responsável pela maior parte desta produção de pescado de cativeiro.
Com o crescente desenvolvimento da tilapicultura, que está voltada principalmente para a obtenção de filé, têm-se os subprodutos e, dentre eles, a pele, que pode ser utilizada pela indústria coureira.
A UEM (Universidade Estadual de Maringá) tem feito estudos histológico da pele, principalmente da arquitetura das fibras colágenas, pois estas fibras são estruturas básicas que, segundo Hoinacki (1989), reagem com o curtente, transformando a pele em material imputrescível, com característica de maciez, de elasticidade e de resistência à tração.
Através desses estudos eles concluíram que pele da tilápia apresenta uma característica própria: na derme, as camadas de fibras colágenas se sobrepõem, ocorrendo uma “amarração” entre elas, formando feixes de fibras muito longos e bem orientados.
Devido à disposição destes feixes de fibras, a pele de peixe processada (curtida) adquire uma elevada resistência e grande maciez, o que possibilita seu aproveitamento para a confecção de muitos artefatos,destacando também o seu efeito ornamental.
A professora Maria Luiza Rodrigues de Souza do curso de zootecnia, alunos e outros profissionais, tem realizado pesquisas com o couro de tilápia, os temas vão desde a tecnologia para pele de peixe até avaliação da resistência da pele de tilápia. E ela resalta o quanto é importante esses estudos e adequação em técnicas de curtimento para as peles das diversas espécies de peixes, visto que cada uma apresenta sua característica própria de composição e estrutura histológica, influenciando na resistência do couro.
Foto Divulgação |
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