Mostrando postagens com marcador Empresas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Empresas. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 4 de maio de 2012


Empresário de 70 anos produz bolsas e sapatos com couro de peixe no AM

Afonso Ferreira
Do UOL, em São Paulo
  • O empresário Aidson Ponciano, 70, começou a produzir bolsas e sapatos femininos com couro de peixe para se diferenciar da concorrência e valorizar produto típico da Região Amazônica
    O empresário Aidson Ponciano, 70, começou a produzir bolsas e sapatos femininos com couro de peixe para se diferenciar da concorrência e valorizar produto típico da Região Amazônica
A chegada da aposentadoria deu ao engenheiro civil aposentado Aidson Ponciano, hoje com 70 anos, o tempo necessário para dar impulso à criação de uma fábrica de bolsas e sapatos de couro de peixe e fibras naturais em Manaus (AM).
Ponciano começou a produzir as peças em 1998, depois de deixar o emprego. A fabricação da Green Obsession, que começou de forma informal, cresceu e hoje os produtos conquistam os turistas da capital amazonense e são exportados para Canadá, Estados Unidos e países da Europa.
Segundo o empresário, os anos de vida ajudaram a superar os desafios de empreender.  "A vivência traz mais segurança e ajuda na administração do negócio. No passado eu tinha outro pensamento e não sei dizer se teria coragem de largar o emprego para empreender."
Inicialmente, ele produzia informalmente peças em couro convencional e fibras naturais, mas para dar um diferencial aos seus produtos começou a trabalhar com o couro de peixe.
Em parceria com o INPA (Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia), que já desenvolvia pesquisas com a pele do peixe, o empreendedor passou a confeccionar as primeiras peças com o couro do animal. Em 2000, formalizou o negócio e entrou de vez no mercado.

Passatempo virou negócio lucrativo

Ponciano percebeu a oportunidade de negócio quando confeccionava apenas alguns exemplares para a filha, na época apresentadora de TV em Manaus, exibir em seu programa. As amigas da filha e os próprios telespectadores gostaram das peças e faziam pedidos constantes ao empresário.
"No começo, eu não tinha a pretensão de transformar isso em um negócio. Com os pedidos crescentes, passei a produzir em escala maior."
  • Divulgação
    O preço dos sapatos com couro de peixe variam de R$ 110 a R$ 320. Este modelo foi feito em couro de pescada amarela
Mesmo em um negócio que nasceu de um passatempo, o engenheiro aposentado não deixou de fazer o plano de negócio. Ponciano fez uma pesquisa de mercado e descobriu que o seu produto teria uma baixa aceitação entre o público masculino, por isso decidiu focar suas vendas apenas no público feminino.

"As mulheres, normalmente, compram sapatos e os usam por pouco tempo até enjoarem, depois compram um novo par. Os homens, por sua vez, usam os mesmos sapatos até acabarem e só depois compram um novo", afirma.

Confecção das peças é trabalho minucioso

Segundo Ponciano, trabalhar com o couro de peixe exige um cuidado muito maior do que com outros materiais. Cada espécie de peixe tem um desenho próprio nas escamas, por isso não podem ser utilizadas peles de diferentes espécies em um mesmo produto.

Além disso, o desenho das escamas tem formas diferentes ao longo do corpo do peixe. Para que o produto final fique com o design perfeito, o couro utilizado na peça inteira tem de pertencer à mesma região do peixe.
"O desenho das escamas perto da cauda é diferente do desenho próximo à cabeça. É um trabalho que demanda muito mais cuidado", declara.

Como resultado deste trabalho minucioso, o preço do produto final fica mais caro. Porém, Ponciano garante a qualidade das peças produzidas. "O couro de peixe, por ser um material considerado exótico, é mais caro, mas dá uma aparência e uma textura diferentes às bolsas e aos sapatos", afirma.

Empresa busca valorização da cultura regional e sustentabilidade

De acordo com o empreendedor, assim como as fibras naturais, o couro de peixe se tornou um produto típico da Região Amazônica. Produzir peças com este material também é uma forma de valorizar a cultura regional.
  • Divulgação
    Bolsa feita em couro de pescada amarela. O preço varia de R$ 350 a R$ 1.500 dependendo do modelo
Outra preocupação do empresário é com a sustentabilidade. A pele do peixe, que seria descartada pelos frigoríficos, é reaproveitada.
Até mesmo as sobras do material no processo de confecção das peças são utilizadas para fazer artigos menores, como carteiras. "Quando transformamos este resíduo em produto, estamos ajudando o meio ambiente", diz.

A fabricação das bolsas e dos calçados é artesanal. Mensalmente, são produzidas cerca de 150 peças. A empresa tem seis funcionários contratados e já fatura em torno de R$ 30 mil por mês, valor que aumenta durante o verão, quando os turistas, responsáveis por 90% das vendas da Green Obsession, visitam Manaus em maior número.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mad Maria

     Empresa localizada em Londrina no interior do Paraná. 
     Trabalham com toda a cadeia produtiva do peixe, desde o alevino produzido, o abate no frigorífico, até a confecção de bolsas e acessórios

      O conceito da empresa Mad MAria é de que não basta apenas criar bolsas com qualidade. A moda, o couro de peixe, a beleza, é mais do que isso, ele é artesanal, consciente e ativa por um mundo melhor.
Foto: Mad Maria



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Kawa Couro de Peixe

Foto: Ana Paula Dias

Cezar Kaziraki Ishikawa proprietário do pesque pague em Londrina, vê a sua produtividade como uma atividade viável e lucrativa. Dono da marca “Kawa Couros de Peixe”, o piscicultor faz uso exclusivo da pele obtida no abate de peixes do próprio pesqueiro, transformando-a em couro e utilizando na confecção de artigos como bolsas, casacos, cintos, calçados e acessórios.
Foto: Ana Paula Dias
Ishikawa destaca que as limitações maiores que ele enfrenta é o fornecimento regular de matéria prima de qualidade, mão de obra especializada e disponibilidade de equipamentos adequados e também ressalta a irregularidade do tamanho dos peixes, a forma incorreta como é retirada a pele e a falta de procedimentos adequados na conservação da pele como itens que podem comprometer o rendimento do trabalho.
Possui um curtume de pequeno porte, onde produz em média 150kg de couro por semana, faz todas as etapas do curtimento e então envia as mantas para artesãos com quem tem parceria para a confecção de bolsas, sapatos e acessórios.

A moda sustentável de Denusa Demarchi - Couro de Tilápia


Foto: Roberto Pantaleão

Grifes e estilistas já estão adotando a moda ecofashion, desenvolvendo roupas e acessórios com materiais sustentáveis. Denusa Bisewski Demarchi é um exemplo, estilista e empresaria, mora em Timbó, município vizinho de Blumenal, vem utilizado um material ecologicamente correto e economicamente viável para produzir bolsas, calçados e acessórios femininos. Esse material é o couro de peixe, que era descartado pelos abatedouros. Desde 2005 quando ela escolheu esse tema para o seu trabalho de conclusão do curso de Design de Moda do Centro Leonardo da Vinci (Uniasselvi) Denusa vem trabalhando e se aperfeiçoando. Durante 3 anos testou diferentes técnicas para o curtimento de couro de tilápia e hoje ela conta com seu próprio curtume que trata 300 kilos de couro a cada 2 meses.
            Um processo demorado e com várias etapas, inclui desde a retirada das escamas, tingimento até a secagem e amaciamento, em seguida vai para o ateliê da estilista e então é realizado o trabalho artesanal. As peças são abertas para promover o estiramento das fibras, depois de resortadas, as peles são montadas na modelagem, prensadas e costuradas. O resultado é uma coleção com peças únicas, originais e um cabamento de primeira linha. Além da beleza, há o alto valor agregado da consciência ecológica. 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Péltica - Peles Especiais





A Péltica é uma empresa de peles especiais e dentre os produtos que ela comercializa está o couro de peixe. Eles trabalham com 3 espécies, o salmão, a tilápia e a pescada amarela.
Está localizada no município de Estância Velha, a 45 km de Porto Alegre-RS. Trabalham com uma tecnologia  que é livre de metais pesados,
Em 2010 em parceria com o Estilista Marcelo Sommer a Péltica esteve presente no SÃO PAULO FASHION WEEK um dos maiores eventos de moda, e assim puderam mostrar todo o charme e qualidade da pele de peixe.
A empresa pretende abrir uma filial no Amazonas, mas para isso ainda é preciso analisar se o mercado local da uma garantia de abastecimento de insumos.
"Já trabalhamos com o couro de peixes marítimos do Maranhão e do Pará. No Amazonas, além de evitar a poluição, podemos ganhar com uma matéria-prima nobre", afirma Alexandre Frasson, sócio na empresa.

De acordo com Frasson, o investimento para a instalação de um curtume com capacidade de processamento diário de 5.000 peles incluindo o tratamento de efluentes é estimado em cerca de R$ 2,5 milhões.
           Para incentivar os produtores, a empresa já realizou um curso que os ensinou a processar a pele de peixe. Também foram apresentadas as técnicas de curtume para a sua conservação, já que, enquanto não houver filial no Amazonas, o transporte até a indústria gaúcha será feito em caminhão.
         De acordo com Carvalho, o Inpa já havia tentado desenvolver a atividade na região. "Não vingou porque eles [os produtores] não quiseram fazer investimentos."
Porém, ele acredita que o envolvimento de empresas interessadas no produto "era o que faltava" para estimular a produção local.
www.peltica.com.br